sexta-feira, 14 de março de 2008

Suspeito de cometer quatro assassinatos é preso na capital


Apontado como o autor de quatro assassinatos na região do Alto Boqueirão, ocorridos no final do ano passado, Ewerton Adriano da Silva, conhecido como “Seco”, 18 anos, foi detido esta semana por investigadores do 7.º Distrito Policial (Vila Hauer). Ele também é acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Sem mostrar arrependimento, o preso confessou os crimes e, sorrindo, afirmou que não perdoa seus devedores. Apesar do histórico criminal, “Seco” não se considera bandido. “Não mato trabalhador”, disse.
O delegado Erineu Sebastião Portes, titular da DP, informou que, apesar da pouca idade, Ewerton é considerado um dos criminosos mais perigosos da região. “É uma pessoa fria, que não demonstra arrependimento”, comentou. Sua prisão foi conseqüência de investigações que iniciaram em outubro de 2007, após o primeiro dos quatro assassinatos. “Quando ocorre um homicídio na nossa área distrital, fazemos um trabalho em conjunto com a Delegacia de Homicídios”, relatou o delegado.
Crimes
A primeira vítima do sorridente assassino foi Carlos Gustavo Martins Pereira, conhecido como “Tatu”, 35 anos, executado com um tiro de espingarda calibre 12, no dia 9 de outubro. As investigações revelam que alguém teria agido com Ewerton na execução. Porém, o outro suspeito já foi interrogado e negou envolvimento.
Na noite de 20 de novembro, Ewerton e mais três pessoas invadiram uma residência, na Rua Maria Marques de Carvalho, na Vila Pantanal, e assassinaram o adolescente Vanderlei dos Santos Oliveira, 15, e também Isaías Sieben. Uma mulher ainda foi ferida a tiros nesta ocorrência. De acordo com o delegado, o quarteto pretendia matar Isaías e outro homem chamado Adrianinho, que conseguiu escapar. As investigações apuraram que o crime foi mandado e os autores receberiam R$ 2 mil para praticá-lo.
O último assassinato atribuído a Ewerton aconteceu no dia seguinte, próximo da Rua Cidade de Figueira, também no Alto Boqueirão. Ele e um comparsa mataram Elizângela do Nascimento Ricardo, a “Preta”. De acordo com a polícia, a mulher queria consumir crack, mas não tinha dinheiro para comprar. “Ele não concordou em vender, deixando a mulher enlouquecida. Elizângela começou a gritar na rua e o rapaz, irritado, efetuou disparos contra ela, que tombou morta”, contou Erineu.
Além dos quatro homicídios, Ewerton é acusado de ter atirado em uma mulher, que ficou 31 dias internada no Hospital do Trabalhador. O delegado afirmou que as investigações continuarão para apurar outros crimes praticados pelo jovem e também para identificar seus comparsas. “Com a prisão deste grupo, acreditamos que iremos reduzir o tráfico de drogas na região, assim como os homicídios”, concluiu Erineu.
“Faria tudo de novo”
“Matei mesmo!”, respondeu Ewerton, ao ser questionado sobre os quatro homicídios dos quais é acusado. Sem aparentar preocupação por ter sido preso, o jovem não se importou em mostrar o rosto. “A polícia demorou para me prender”, disse. Sorridente, Ewerton declarou que teve alguns empregos antes de entrar para o tráfico de drogas e afirmou estar preocupado com sua mãe. Porém, sobre os crimes, o preso disse não estar arrependido e não se considera bandido. “Faria tudo de novo, não matei nenhum trabalhador.”

Um comentário:

Anônimo disse...

ohhh, ele está preocupado com a mãe!! ele não se preocupa com a mãe dos outros, claro; nem com a eterna dor e destruição que pode causar a uma família com seus crimes, mas sim, ele agora está preocupado com a mãe, depois dizem que eles não tem nada a perder, e quando perdem por sua própria culpa, culpam a sociedade os governos e afins, eles nunca são responsáveis pelos seus atos, nós é que sempre somos; crinosos e seus respectivos defensores não raramente querem nos provar que o que gera o criminoso não é a indole e sim a pobreza, a educação etc. ou seja - alem de um trabalhador ser pobre e não ter tido a oportunidade de ter um bom estudo, ele ainda tem o privilégio de ser tachado a perfil criminoso -